STF forma maioria para validar acordo sobre ICMS dos combustíveis

Proposta visa compensar perdas de arrecadação com a lei que fixou teto de 17% a 18% na cobrança sobre itens essenciais

Lei fixou teto de 17% a 18% na cobrança do ICMS sobre combustíveis ROBERTO GARDINALLI/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO-03/11/2022

STF (Supremo Tribunal Federal) formou maioria para homologar acordo firmado entre União e estados que visa compensar perdas de arrecadação com a lei que fixou teto de 17% a 18% na cobrança do ICMS sobre itens essenciais, como combustíveis, energia e telecomunicações. O texto será encaminhado ao Congresso.

ministro relator, Gilmar Mendes, foi seguido até agora por Edson Fachin, Cármen Lúcia, Luis Roberto Barroso, Nunes Marques, Ricardo Lewandowski e Luiz Fux. Devem votar até as 23h59 os ministros André Mendonça, Alexandre de Moraes, Dias Toffoli e Rosa Weber.

Os membros da comissão criada por Gilmar para discutir o tema realizaram a última reunião em dezembro, quando decidiram manter a essencialidade do diesel, gás natural e de cozinha. Estados ainda querem retirar a essencialidade da gasolina e uma nova comissão será criada para discutir o assunto. A União propôs a manutenção do combustível na categoria, com uma alíquota adicional, mas não houve acordo.
A Fazenda Nacional concordou em alterar a base de comparação anual da perda para base mensal no cálculo de gatilho de compensação (acionado quando os estados apresentarem perda de 5% ou mais). Houve, ainda, um acordo para que uma eventual compensação em dinheiro só seja aberta por meio de crédito extraordinário.