Tocantins: Laboratório que guardava membros humanos em potes de doces recebeu mais de R$ 3 mi do governo

Amostras eram guardadas dentro de vários tipos de potes de plástico — Foto: SSP/Divulgação

A Empresa Sicar Laboratórios investigada em uma operação da Polícia Civil recebeu mais de R$ 3 milhões durante parte do contrato com o governo do Tocantins. Segundo as investigações, a empresa o laboratório funcionava em condições precárias e reaproveitava materiais de exames. Imagens impressionantes feitas nos fundos da unidade mostram que membros humanos eram armazenados de forma improvisada, como em potes de doces e manteiga. Três pessoas foram presas em flagrante.

Conforme o Portal da Transparência, o valor milionário foi retirado dos cofres públicos e repassado à empresa em pagamento pelos serviços entre os anos de 2017 e 2020. A defesa do laboratório disse que as condições foram causadas por problemas da antiga gerência e vai provar inocência da atual gestão.

A unidade prestava serviços para a Secretaria de Saúde do Tocantins e, segundo a polícia, atendia principalmente pacientes do Hospital Geral de Palmas (HGP) com suspeita ou em tratamento de câncer. No local eram feitas análises de exames de anatomia patológica e imunohistoquimica.

A SES afirmou que ainda não foi citada pela Polícia Civil sobre a operação, mas está à disposição para contribuir com a investigação de forma transparente. Disse ainda que tem contrato com unidade para análise de exames destinado as unidades hospitalares e que “o contrato foi efetivado via processo licitatório, seguindo a legislação vigente e estava sendo acompanhado e monitorado por fiscais que identificaram inconformidades e atrasos nos serviços prestados”.

Durante a operação, 15 mandados de busca e apreensão foram cumpridos em Palmas. O Sicar Laboratórios foi interditado pela Vigilância Sanitária.

Fonte: Portal G1